
Após 23 anos de serviço federal, Christy Goldsmith Romero, comissária da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC), anunciou sua renúncia com efeito a partir de 31 de maio. Sua saída marca uma mudança significativa na equipe de liderança da agência e pode dar ao presidente cessante Donald Trump a chance de reorganizar a CFTC nomeando novos funcionários.
Êxodo de liderança na CFTC
Romero renuncia ao mesmo tempo que sua colega, a Comissária Summer Mersinger, que deverá assumir a presidência executiva da Blockchain Association em 30 de maio. Devido a essas saídas, a CFTC terá apenas dois comissários confirmados pelo Senado: a Comissária Kristin Johnson, que representa o Partido Democrata, e a Presidente Interina Caroline Pham, que representa o Partido Republicano.
Quando Brian Quintenz, ex-comissário da CFTC e suposta indicação de Trump para a presidência da CFTC, for confirmado pelo Senado, Pham também declarou seu desejo de renunciar. Quintenz ocuparia uma das três cadeiras designadas pelos republicanos que agora estão vagas se confirmadas, o que permitiria a Trump nomear até quatro comissários para o painel de cinco membros. Por lei, um comissário não pode ser membro do mesmo partido político mais de três vezes.
O legado de Romero e a supervisão da criptografia
Romero, nomeada em 2022, foi fundamental na expansão da supervisão do setor de ativos digitais pela CFTC. Para abordar as questões levantadas por novas tecnologias, como as criptomoedas, ela auxiliou na formação do Comitê Consultivo de Tecnologia da agência. Além disso, apoiou medidas de execução contra importantes empresas de criptomoedas, principalmente ajudando a chegar a um acordo de US$ 2.7 bilhões com a Binance.
Em sua declaração de demissão, Romero refletiu sobre seu mandato, dizendo: “Foi uma tremenda honra concluir meus 23 anos de serviço federal em uma agência com a missão tão importante de garantir que os mercados financeiros desempenhem seu papel crítico nas economias dos EUA e do mundo”.
Congresso discute o mandato de criptomoedas da CFTC
A saída de Romero ocorre em um momento em que os legisladores discutem uma proposta de lei que definiria as responsabilidades da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) e da CFTC na supervisão de ativos digitais. O objetivo da estrutura proposta é delinear qual órgão tem a principal responsabilidade sobre os diferentes segmentos do mercado de criptomoedas. Este é um problema crucial, visto que os ativos digitais continuam a ganhar impulso institucional.