David Edwards
As ações da Circle (CRCL) registraram uma nova alta de 20% na sexta-feira e acumulam alta de aproximadamente 700% desde seu IPO no início deste mês. No entanto, o investidor bilionário Chamath Palihapitiya destacou uma ironia gritante: os funcionários da Circle absorveram quase US$ 3 bilhões em perdas devido à escolha da empresa por um IPO convencional em vez de uma fusão SPAC. A rota tradicional obrigou os funcionários a liquidar 14.4 milhões de ações como parte do processo de listagem, gerando um custo de oportunidade significativo.
A avaliação inicial da Circle — abaixo de US$ 8 bilhões — disparou para US$ 50 bilhões em 15 dias. O impulso coincide com a introdução da Lei GENIUS de Stablecoins na Câmara dos Representantes dos EUA, o que alimenta o entusiasmo em torno da Circle, emissora da stablecoin USDC.
No entanto, Palihapitiya criticou a estrutura do IPO, afirmando que os funcionários venderam ações a US$ 31 cada — gerando cerca de US$ 450 milhões — enquanto o valor de listagem da Circle subiu para US$ 3.456 bilhões. O resultado? Quase US$ 3 bilhões efetivamente desviados. Ele opinou que os IPOs ocultam riqueza de insiders, favorecendo alocações bancárias opacas, chamando-as de "um presente de US$ 3 bilhões dos funcionários e investidores da Circle para pessoas que eles não conhecem".
Em contrapartida, Palihapitiya declarou sua preferência por SPACs, citando suas negociações transparentes por meio de acordos divulgados. Ele também destacou a decisão do fundador da Tron, Justin Sun, de abrir o capital por meio de uma SPAC, ignorando as convenções de IPO e se preparando para uma reformulação da marca para Tron Inc. após a fusão.
