Thomas Daniels
"Mandem mais Laranja", publicou o presidente executivo da Strategy, Michael Saylor, no X em 8 de junho, acompanhado de um gráfico detalhando as crescentes reservas de Bitcoin da empresa. Historicamente, as mensagens enigmáticas de Saylor frequentemente precedem aquisições significativas de Bitcoin. Se esse padrão se mantiver, a empresa poderá anunciar em breve sua nona compra semanal consecutiva de BTC.
Entre 26 de maio e 1º de junho, a Strategy adquiriu 705 BTC por aproximadamente US$ 75.1 milhões, a um preço médio de US$ 106,495 por moeda. Isso eleva o total de Bitcoins da empresa para 580,955 BTC, com um valor de mercado estimado em US$ 61.4 bilhões. A empresa atualmente acumula aproximadamente US$ 20.6 bilhões em lucro não realizado — o que representa um ganho de aproximadamente 50% em seus investimentos em Bitcoin.
Este último sinal vem na sequência do anúncio da empresa de uma oferta pública inicial de ações preferenciais de US$ 1 bilhão. A Strategy planeja emitir 11.76 milhões de ações preferenciais perpétuas Série A de 10%, precificadas a US$ 85 por ação, com receita líquida estimada em cerca de US$ 979 milhões após subscrição e despesas relacionadas.
As ações preferenciais vêm com um dividendo não cumulativo de 10%, projetado para atrair investidores institucionais que buscam rendimento consistente sem a exposição tradicional a ações. Essa mudança estratégica reforça o compromisso da empresa em financiar a acumulação contínua de Bitcoin por meio de instrumentos do mercado de capitais, em vez de depender apenas do fluxo de caixa interno.
Com suas participações atuais, a Strategy consolidou sua posição como a maior detentora corporativa conhecida de Bitcoin, superando as reservas combinadas de estados-nação como os Estados Unidos e a China. Ela detém quase 12 vezes mais BTC do que a segunda maior detentora corporativa, a mineradora de Bitcoin Mara Holdings. Para muitos investidores, a Strategy funciona como um proxy corporativo para exposição direta ao Bitcoin.
