
O CEO da Tether, Paolo Ardoino, descartou firmemente a possibilidade de uma oferta pública inicial (IPO), optando por enfatizar as crescentes reservas estratégicas da empresa em Bitcoin e ouro. Seus comentários foram feitos poucos dias após a concorrente Circle entrar no mercado de ações através da Bolsa de Valores de Nova York, onde suas ações dispararam 167% no primeiro dia de negociação.
Apesar das especulações recentes de que um IPO da Tether poderia atingir uma avaliação de US$ 515 bilhões — colocando-a entre as 20 empresas mais valiosas do mundo — Ardoino chamou essa estimativa de "um número bonito", mas também sugeriu que ela pode ser excessivamente conservadora. "Talvez um pouco pessimista, considerando nosso atual (e crescente) estoque de Bitcoin + ouro, mas estou muito honrado", observou.
Vozes do setor, como Anthony Pompliano e Jack Mallers, propuseram que a avaliação da Tether poderia, em última análise, chegar a US$ 1 trilhão. Ardoino expressou uma postura prospectiva, afirmando estar "verdadeiramente entusiasmado com a próxima fase de crescimento da nossa empresa".
Até o momento da publicação, o USDT da Tether era classificado como a terceira maior criptomoeda por capitalização de mercado, avaliada em aproximadamente US$ 154.8 bilhões.
Em linha com sua abordagem de priorizar a tesouraria, a Tether tornou-se recentemente acionista majoritária da Twenty One Capital — uma entidade financeira nativa do Bitcoin fundada por Jack Mallers. Embora recém-criada, a Twenty One Capital já consolidou sua posição como a terceira maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo, atrás apenas da Strategy (antiga MicroStrategy) e da MARA Holdings.
Em 3 de junho, a Tether teria transferido 37,229.69 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 3.9 bilhões, para endereços de carteira associados à nova plataforma focada em Bitcoin.